Kátia Coelho
*24 de outubro - São Paulo - SP
Crédito: Divulgação
Kátia Coelho nasceu no dia 24 de outubro, em São Paulo, SP.
Pioneira e premiada diretora de fotografia, Kátia Coelho é nome fundamental na história do cinema brasileiro e farol para outras técnicas.
A paixão pela fotografia se deu assistindo aos filmes do Canal 100, clássica atração que era exibida à época dos cinemas de rua, registrando o mundo do futebol, antes das exibições dos longas.
O início da carreira profissional se dá na primeira metade da década de 1980, como assistente de câmera em filmes como Abrasasas (1984), de Reinaldo Volpato.
Começa então uma trajetória singular e faz história, já que a fotografia era função exercida basicamente por homens. Kátia Coelho trabalha em muitos curtas, praticando, exercendo e aperfeiçoando sua arte ao lado de cineastas diversos.
Dentre os seus primeiros trabalhos, está um dos nomes fundamentais no boom dos curtas da década de 1980, a cineasta Tata Amaral, com quem faz Poema:Cidade (1986), dela e Francisco César Filho, e História familiar (1988), de Tata.
Kátia Coelho intensificará sua carreira no formato na década seguinte, trabalhando com diversos diretores: Lírio Ferreira. Mirella Martinelli, Carlos Cortez, Lina Chamie, Luiz Montes, José Roberto Torero, Romeu di Sessa.
Em longas-metragens, faz assistência em Real desejo (1990), belo filme dirigido por Augusto Sevá e protagonizado por Ana Maria Magalhães.
A parceria com a cineasta Lina Chamie no curta Eu sei que você sabe (1995) se estende para o longa. Dessa forma, Kátia Coelho inscreve seu nome na história do cinema brasileiro como a primeira diretora de fotografia em longas, com o belo Tônica dominante (2000).
Tônica Dominante foi também o primeiro longa de Lina Chamie. O filme, que tem no elenco Fernando Alves Pinto, Carlos Gregório, Vera Zimmermann e Vera Holtz como integrantes de uma orquestra, faz belíssima junção entre cinema e música.
Por seu trabalho inspirado e absolutamente essencial para a narrativa do filme, Kátia Coelho foi premiada com o Kodak Vision Award-Woman in Film em Los Angeles. Recebeu também o APCA-Associação Paulista de Críticos de Arte.
Kátia Coelho dá sequência à sua trajetória trabalhando tanto em curtas como em longas. O Casamento de Louise (2001), de Betse de Paula; Como fazer um filme de amor (2004), de José Roberto Torero; Corpos celestes (2009), de Marcos Jorge e Fernando Severo são alguns dos longas nos anos 2000. Assim como sua nova parceria com Lina Chamie em A Via láctea (2007).
Na década de 2010, trabalha com Allan Deberton em Doce de coco (2010), Essa maldita vontade de ser pássaro ( (2012), de Paula Fabiana e Adrian Steinway, Batchan, de Gabriel Carneiro, e Shala, de João Inácio.
Kátia Coelho é também professora de cinema, produtora e roteirista.
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