Ano 20

Maria Della Costa

*01 de janeiro de 1926, +24 de Janeiro de 2015 - Flores da Cunha - RS

Cena de Moral em concordata, 1959, Fernando de Barros
Cena de Moral em concordata, 1959, Fernando de Barros
Maria Della Costa é ótima presença em Moral em concordata.

Maria Della Costa começou a carreira artística como manequim aos 14 anos. Como vendia nas ruas as fotos do primo fotógrafo, foi descoberta por Justino Martins, diretor da Revista do Globo, publicação de Porto Alegre, onde ela vivia. Ela começa a trabalhar como manequim em uma casa de moda e na revista. E é lá que vai ser fotografada por Fernando de Barros para um comercial que fará muito sucesso. Daí será levada por ele para o Rio de Janeiro, onde se torna girl em shows internacionais no Cassino do Copacabana Palace, desfila para a Casa Canadá e se casa com Barros. A estreia nos palcos ocorre em uma ponta em A moreninha, mas logo depois vai para Lisboa, onde estuda teatro durante um ano, e na volta ao Rio integra o grupo Os Comediantes. A partir daí constrói importante carreira teatral, encena vários espetáculos, casa-se com o ator e empresário Sandro Polloni, monta sua própria companhia, funda o teatro que leva seu nome e se torna uma das grandes damas do teatro brasileiro – Desejo (1946), Anjo negro (1948), A respeitosa (1948), O canto da cotovia (1954), A moratória (1955), A rosa tatuada (1956), Moral em concordata (1956), A alma boa de Setsuan (1958), Gimba – presidente dos valentes (1959) e Depois da queda (1964) são alguns de seus espetáculos. Na televisão, atua em vários teleteatros e estreia como atriz de novelas no marco Beto Rockfeller (1968/69), de Bráulio Pedroso, na Tupi, e atua em outras como Estúpido cupido (1976/77) e Te contei? (1978), ambas na Globo. A estreia no cinema ocorre na década de 1940, protagonizando filmes dirigidos pelo mestre Luiz de Barros: O cavalo 13 (1946) e Inocência (1949). 

É com Fernando de Barros, com quem foi casada, que tem também grandes momentos no cinema. Ele reúne duas deusas da época, Maria Della Costa e Tônia Carrero em Caminhos do sul (1949), e uma década depois dirige a atriz em seu melhor papel no cinema, como Rosário em Moral em concordata (1959), em personagem que já havia interpretado no teatro – o filme conta com outra grande musa no elenco, Odete Lara, como sua irmã Estrela. Maria Della Costa atua em Areão (1952), Cristo de lama (1968), e Como ganhar na loteria sem perder a esportiva (1971). A atriz é uma das protagonistas do filme policial Signo de escorpião (1974), dirigido por Carlos Coimbra. 


Filmografia 

O cavalo 13, 1946, Luiz de Barros
Inocência, 1949, Luiz de Barros
Caminhos do sul, 1949, Fernando de Barros
Areão, 1952, Camillo Mastrocinque
Moral em concordata, 1959, Fernando de Barros
Cristo de lama, 1968, Wilson Silva
Como ganhar na loteria sem perder a esportiva, 1971, J.B. Tanko
Signo de escorpião, 1974, Carlos Coimbra

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Sala 
 Isabel Ribeiro
Presença luminosa nas telas, brilhou no cinema, teatro e televisão.