Ano 20

Monique Gardenberg

*27 de julho de 1958 - Salvador - BA

filmagens de Bejamim, 2004, Monique Gardenberg
filmagens de Bejamim, 2004, Monique Gardenberg
Nascida em 27 de julho de 1958, em Salvador, Bahia, Monique Gardenberg é uma artista multimídia, com atuações importantes em várias frentes: música, dança, videoclipe, teatro e, claro, cinema.  

Depois de passar um período da infância em São Paulo, Monique Gardenberg trocou a Bahia pelo Rio de Janeiro em meados da década de 1970 , onde cursa Economia.  

Em 1982, associa-se com a irmã Sylvia Gardenberg – falecida em 1998 – e juntas fundam a “Dueto Produções”, uma das mais importantes produtoras do país, responsável por festivais históricos de música e dança, respectivamente, o “Free Jazz Festival” e o “Carlton Dance”, e de shows internacionais de grande porte, como o dos “Rolling Stones”.  

No final da década de 80, Monique Gardenberg cursa cinema na Universidade de Nova York, cujo trabalho final foi o curta Day 67, realizado em 1989.  

O primeiro filme dirigido no Brasil foi o premiado curta-metragem Diário noturno, em 1993, vencedor de quatro prêmios no Festival de Gramado, incluindo Melhor Direção. Protagonizado por Marieta Severo, o curta revela o talento da nascente diretora através da história de uma funcionária pública que foge de sua cotidiano medíocre através dos sonhos. Diário noturno  foi selecionado também para o Festival de Veneza.  

Em 1996, estreia no formato longa-metragem com Jenipapo, filme irregular, principalmente no uso da língua inglesa falada por personagens brasileiros, mas que também já demonstra um talento de uma cineasta em formação. O filme foi selecionado para o Festival de Sundance e exibido em Toronto e Roterdã.  

O talento cinematográfico de Monique Gardenberg revela-se com toda força em seu segundo longa, Benjamim, uma adaptação cinematográfica do livro homônimo do escritor, compositor e cantor Chico Buarque, realizada em 2004.  

Monique Gardenberg assina o roteiro junto com Jorge Furtado e Glênio Povoas, nesse interessantíssimo filme sobre um ex-modelo cinquentão que se confronta, delirantemente,  com o seu passado e o seu presente ao conhecer uma jovem estonteante. Protagonizado pelo mestre Paulo José, o filme revelou Cléo Pires, filha da atriz Glória Pires e do ator, cantor e compositor Fábio Jr, para o Brasil.  

Por sua interpretação dupla no filme, Cléo Pires recebeu o prêmio de Melhor Atriz no Festival do Rio em 204. O filme foi premiado também no Festival de Cinema Brasileiro de Miami, vencendo quatro categorias: Melhor Filme; Melhor Ator; Melhor Direção; Melhor Edição. Monique Gardenberg assinou também a direção musical do filme.  

Monique Gardenberg tem forte relação com a musical e por isso assinou quase duas dezenas de videoclipes e também os filmes musicais dos shows de Caetano Veloso, Caballero de Fina Estampa (1996) e  Prenda Minha (1999), exibidos na televisão e também distribuídos em DVDs.  

Em 2002 Monique Gardenberg inaugura nova frente de trabalho, dessa vez estreando como diretora teatral em grande estilo no grandioso projeto Os sete afluentes do rio ota. Aplaudida pela crítica, ela dá seguimento à carreira teatral dirigindo seu segundo espetáculo, Baque.  

O próximo longa-metragem de Monique Gardenberg é o luminoso musical Ó paí ó(2007), divertida e ótima adaptação cinematográfica de espetáculo do Grupo de Teatro Olodum, que também virou seriado de televisão.

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Sala 
 Ana Carolina
Cineasta de assinatura personalíssima e de filmografia inquietante.