Tonia Carrero
*23 de agosto de 1922 - Rio de Janeiro - RJ
Cena de Tico tico no fubá, 1952, Adolfo Celi
Uma das mais belas mulheres do Brasil, Tônia Carrero é uma das Damas do nosso teatro, em que tem um currículo invejável. Atriz de sucesso também na televisão, no cinema nacional foi uma das musas e estrelas da Vera Cruz.
Filha de um general do exército e formada em Educação Física, Tônia Carrero se interessou por artes – balé e teatro - desde muito cedo. Formada em Educação Física, ela se casa com Carlos Thiré, com quem tem o filho, e também ator, Cecil Thiré. Ciente de sua estonteante beleza, mas preocupada em lapidar seu talento, Tônia vai para Paris para estudar teatro. Na volta ao Brasil estreia no cinema em 1947, no filme Querida suzana, de Alberto Pieralisi. Aqui, casa-se novamente, dessa vez com o italiano Adolfo Celi, monta a companhia de teatro que reúne os dois ao ator Paulo Autran, e depois integra também o TBC – Teatro Brasileiro de Comédia. Contratada pela Vera Cruz, companhia paulista de cinema que nasceu no final de década de 40 como tentativa de industrialização do cinema brasileiro, Tônia estreia na companhia no clássico Tico tico no fubá, dirigida pelo marido Celi, e um de seus maiores sucessos.
Na Vera Cruz, Tônia Carrero protagonizou mais dois clássicos, Apassionata, de Fernando de Barros – com quem já tinha realizado dois filmes, e o delicioso É proibido beijar, de Ugo Lombardi. Na década de 60, a atriz passa pelo cinema argentino, atua em Copacabana palace (1962), co-produção Itália/França/Brasil com direção de Steno, e leva sua beleza também para as novelas. Com a consagração nacional em Sangue do meu sangue, inicia uma carreira bem-sucedida nesse veículo - Pigmaleão 70, Água viva, Louco amor, e Sassaricando são alguns sucessos. A partir da década de 90 diminuiu sua presença nas telas – seu veiculo maior sempre foi o teatro – mas inscreveu seu nome no cinema nacional como um dos sinônimos da Vera Cruz. Depois de alguns anos longe das telas, Tônia Carreiro tem ótima, e comovente, atuação em Chega de Saudade, de Laís Bodanzky.
Filmografia
Querida suzana, 1947, Alberto Pieralisi
Caminhos do sul, 1949, Fernando de BarrosQuando a noite acaba, 1950, Fernando de BarrosTico-tico no fubá, 1952, Adolfo CeliApassionata, 1952, Fernando de BarrosÉ proibido beijar, 1954, Ugo LombardiMãos sangrentas, 1955, Carlos Hugo ChristensenEsse rio que eu amo, 1960, Carlos Hugo Christensen
Sócio de alcova, 1961, George M. CahanTempo de violência, 1969, Hugo KusnetGordos e magros, 1976, Mario CarneiroSonhos de menina moça, 1987, Teresa TrautmanA fábula da bella palomera, 1988, Ruy GuerraFogo e paixão, 1988, Marcio Kogan e Isay WeinfeldPoeta de sete faces, 2002, Paulo ThiagoChega de saudade, 2007, Laís Bodanzky
Cena de Tico tico no fubá, 1952, Adolfo Celi
Sócio de alcova, 1961, George M. Cahan