Ano 20

Maria Bethânia

*18 de junho de 1946 - Santo Amaro da Purificação - BA

Cena de Quando o carnaval chegar, 1972, Carlos Diegues
Cena de Quando o carnaval chegar, 1972, Carlos Diegues
Grande Dama da canção brasileira, Maria Bethânia deu vazão ao seu lado de atriz não apenas nos palcos, mas também no cinema brasileiro.

Há décadas que a baiana Maria Bethânia é uma das mais importantes cantoras da música popular brasileira. Ainda na sua meninice na terra natal, Santo Amaro da Purificação, Bethânia já sabia que seu futuro seria o palco, destino cumprido pelos primeiros shows na Bahia e pela consagração nacional em 1965, no show “Opinião”, substituindo Nara Leão, ao lado de Zé Kéti e João do Vale. Irmã mais nova de Caetano Veloso, e primeira a atingir o estrelato, compõe com o irmão e os amigos Gal Costa e Gilberto Gil – também chamados de Os doces bárbaros (show que reuniu os quatro, rendeu disco e depois DVD) - uma geração de ouro de artistas baianos, com consagração e relevância nacional e internacional. Maria Bethânia sempre foi avessa à TV, ainda que tenha participado de vários programas durante sua carreira – seus clipes no programa Fantástico, da Rede Globo, causavam sensação. Já com o cinema a relação foi diferente, não é à toa que foi grande amiga da atriz Anecy Rocha e que, ainda na época de “Opinião”, tenha sido objeto de registro de dois grandes cineastas, Julio Bressane e Eduardo Escorel, no curta-metragem Bethânia bem de perto – a propósito de um show.

Maria Bethânia surgiu na cena musical nacional com força de intérprete e de personalidade, e, por isso, continuou despertando o interesse do cinema. Décadas depois de Os doces bárbaros  (1977), de Jom Tob Azulay, dois documentários foram feitos sobre ela: os belos Maria bethânia: música é perfume (2005), dirigido pelo francês Georges Gachot; e Maria bethânia – pedrinha de aruanda (2007), de Andrucha Waddington. Maria Bethânia tem outros registros no cinema, seja em depoimentos, como cantora e como narradora. Mas o grande trabalho como atriz foi no filme Quando o carnaval chegar, de Carlos Diegues, em 1972. No musical, uma homenagem aos cantores do rádio, ela é Rosa, integrante de uma troupe de artistas formada ainda por Paulo (Chico Buarque), Mimi (Nara Leão). 


Filmografia

O desafio, 1965, Paulo César Saraceni
Bethânia bem de perto – a propósito de um show, 1966, Julio Bressane e Eduardo Escorel
Garota de ipanema, 1967, Leon Hirszman
O homem que comprou o mundo, 1968, Eduardo Coutinho
Saravah, 1972, Pierre Barouh
Quando o carnaval chegar, 1972, Carlos Diegues
Os doces bárbaros, 1977, Jom Tob Azulay
Outros doces bárbaros, 2002, Andrucha Waddington
O ovo, 2003, curta, Nicole Algranti
Vinícius, 2005, Miguel Faria Jr.
Maria Bethânia: música é perfume, 2005, Georges Gachot
Por acaso Gullar, 2006, curta, Rodrigo Bittencourt e Maria Rezende
Maria Bethânia – pedrinha de Aruanda, 2007, Andrucha Waddington
Fevereiros, 2017, Márcio Debellian
Karingana, licença para contar, 2017, Mônica Monteiro
Maria Bethânia - Ninguém sabe quem sou eu, 2022, Carlos Jardim


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Sala 
 Isabel Ribeiro
Presença luminosa nas telas, brilhou no cinema, teatro e televisão.