Ano 20

Lola Brah

*01 de julho de 1920, +14 de julho de 1981 - *Viatka - URSS

Cena de Uma pulga na balança, 1953, Luciano Salce
Cena de Uma pulga na balança, 1953, Luciano Salce
O cinema nacional sempre foi e é, durante toda a sua trajetória,  um espaço democrático para os imigrantes e seus talentos com sotaque – vide Carmen Miranda e Henriette Morineau. E dentre elas, um dos sotaques mais inconfundíveis é o da grande atriz nascida na Rússia e naturalizada brasileira, Lola Brah.

Lola Brah iniciou sua carreira artística ainda na Europa, chegando ao Brasil na década de 1940 – naturaliza-se brasileira em 48. A atriz estreia nas telas em 1953 no clássico do Uma pulga na balança, dirigido por outro estrangeiro, o italiano Luciano Salce, que a descobre, e também a escala para outro clássico no ano seguinte: Floradas na serra. A década de 50 será importante na carreira de Lola Brah, que se especializa em papéis de grã-fina, recebe o prêmio da Associação dos Críticos do Rio de Janeiro, atua em Ravina, de Rubem Biáfora, e encontra o cinema de Walter Hugo Khouri em Estranho encontro, primeiro filme importante do diretor, e em Fronteiras do inferno. Os anos 60 serão também frutíferos, com atuações em mais dois clássicos, Bahia de todos os santos, de Trigueirinho Neto, e O bandido da luz vermelha, de Rogério Sganzerla. Atriz essencialmente cinematográfica, com cerca de 30 filmes no currículo, só participou de uma novela, A cabana do pai tomáz, em 1969.

Nos anos 70, Lola Brah marca presença no cinema popular em vários dramas e comédias eróticas de estrondoso sucesso -, dirigida pelos maiores nomes do gênero, como Pedro Carlos Róvai, Fauzi Mansur, Jean Garrett e Ody Fraga. No filão, participa de filmes fundamentais como Ainda agarro essa vizinhaA noite das fêmeasA mulher que inventou o amorO inseto do amor, eMulher objeto. Tem ótimo momento também em Paixão na praia, de Alfredo Sternheim. Lola Brah foi grande defensora do cinema nacional com militância importante em vários órgãos oficiais de proteção ao nosso cinema.


Filmografia

Uma pulga na balança, 1953, Luciano Salce
Floradas na serra, 1954, Luciano Salce
A pensão de d. estela, 1956, Alfredo Palácios e Frenc Fekete
Casei-me com um xavante, 1957, Alfredo Palácios
Ravina, 1958, Rubem Biáfora
Estranho encontro, 1958, Walter Hugo Khouri
Fronteiras do inferno, 1959, Walter Hugo Khouri
Bahia de todos os santos, 1960, Trigueirinho Neto
O vigilante contra o crime, 1964, Ary Fernandes
O bandido da luz vermelha, 1969, Rogério Sganzerla
Paixão na praia, 1971, Alfredo Sternheim
Independência ou morte, 1972, Carlos Coimbra
A marcha, 1972, Oswaldo Sampaio
Mestiça, a escrava indomável, 1973, Lenita Perroy
Ainda agarro essa vizinha, 1974, Pedro Carlos Róvai
O sexualista, 1975, Egídio Eccio
As secretárias... que fazem de tudo, 1975, Alberto Pieralisi
Cada um dá o que tem, episódio O despejo, 1975, Adriano Stuart
A noite das fêmeas, 1976, Fauzi Mansur
Noite em chamas, 1977, Jean Garrett
Reformatório das depravadas, 1978, Ody Fraga
O estripador de mulheres, 1978, Juan Bajon
Embalos alucinantes, 1978, José Miziara
A mulher que inventou o amor, 1979, Jean Garrett
Bem dotado – o homem de itu, 1979, José Miziara
Palácio de vênus, 1980, Ody Fraga
O inseto do amor, 1980, Fauzi Mansur
Mulher objeto, 1981, Sílvio de Abreu
Sexo às avessas, 1981, Fauzi Mansur

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Sala 
 Isabel Ribeiro
Presença luminosa nas telas, brilhou no cinema, teatro e televisão.