Maria Flor
                
                     O cinema nacional, além de várias produções e da diversidade de estilos, vem revelando novos rostos e novos talentos. Depois de Leona Cavali e Guta Stresser, agora chegou a vez do público conhecer a jovem e bela Maria Flor.
                
                O cinema nacional, além de várias produções e da diversidade de estilos, vem revelando novos rostos e novos talentos. Depois de Leona Cavali e Guta Stresser, agora chegou a vez do público conhecer a jovem e bela Maria Flor.  
Nascida no Rio de Janeiro, em 31 de agosto de 1983, Maria Flor já atuou no seriado teen “Malhação” (1995) e na novela de sucesso “Cabocla” (2004), ambos na Globo, mas é no cinema que a jovem atriz parece ter encontrado seu lugar. Maria Flor está em cartaz no novo filme de Lúcia Murat, “Quase Dois Irmãos” (2004),  que conta a história de dois amigos de infância, um branco e um negro, que acabam trilhando caminhos diferentes: um, de preso político a deputado; o outro, de transgressor a líder do tráfico de drogas. A atriz tem papel marcante, como o elo de ligação entre o asfalto e o morro.  
Maria Flor está também no filme “O Diabo a Quatro” (2004), de Alice de Andrade, que será lançado em breve, participou de “Cazuza, o tempo não pára” (2004), de Sandra Werneck e Walter Carvalho, e está em mais três filmes. A atriz esteve em Belo Horizonte para o lançamento de “Quase Dois Irmãos” e concedeu entrevista exclusiva para o Mulheres. Fala sobre a pequena, mas já intensa carreira no cinema, sobre os trabalhos na televisão, homenageia Lúcia Murat e Vera Holtz.
  Mulheres: Você chegou ao cinema com força total, de cara com participação importante em dois filmes, “Quase Dois Irmãos” e “Diabo a Quatro”. Como isso aconteceu? 
Maria Flor: Eu já fazia escola de teatro antes. Para entrar no elenco de  “O Diabo a Quatro” eu fiz teste e fui aprovada.  
Mulheres: Foi teste? E esse teste já com alguma cena do filme?
Maria Flor: Sim. Fiz umas duas ou três cenas do filme.  
Mulheres: O filme te proporcionou uma personagem interessante, já que ela muda durante a história, tanto externa como interiormente, inclusive com cenas ousadas.
Maria Flor: Sim. E foi muito difícil fazer. Eu não sabia nada de cinema, nada de set. A Alice (de Andrade, diretora do filme) me ajudou muito, conversou muito comigo. E também o elenco. Foi muito bom trabalhar com eles, com o Marcelo Faria. Eu gostei muito do filme, ele vai ser lançado em junho.  
Mulheres: Depois você faz o “Cazuza, O Tempo não pára”, da Sandra Werneck e do Walter Carvalho. 
Maria Flor: Não, o Cazuza eu fiz depois. Primeiro o "Diabo", depois o "Dois Irmãos", depois o "Cazuza" e só depois a novela. Uma loucura, tudo invertido.  
Mulheres: Então vamos voltar na seqüência natural. O “Quase Dois Irmãos”, da Lúcia Murat, está sendo lançado primeiro, mas, na verdade, você começou no “O Diabo a Quatro”, que já teve exibições especiais, mas ainda não foi lançado comercialmente. Como você entrou no elenco do filme da Lúcia? 
Maria Flor: Teste também. O “Quase Dois Irmãos” já foi mais fácil fazer, pois eu já tinha experiência de set. É um filme muito especial, a Lúcia Murat é uma pessoa muito especial. O filme  fala de um momento importante do Brasil, e que minha geração não participou, que foi a ditadura militar. Ele mostra que a violência que está aí não apareceu por acaso. A minha personagem se revolta por causa disso, ela sobe o morro, se envolve com uma pessoa de lá e briga muito com seu pai. É um filme maravilhoso.  
Mulheres: No “Cazuza” você faz uma participação, não é? 
Maria Flor. Foi, e foi através de teste também. Foi muito legal fazer aquela menina, aquela personagem que se envolve com o Cazuza.  
Mulheres: E a televisão? Você começou sua carreira fazendo “Malhação”. Você gosta de fazer televisão? 
Maria Flor: Gosto, só que é bem diferente do cinema, é tudo muito rápido. Fiz “Malhação” durante um tempo, mas foi um trabalho que não me exigiu muito como atriz, ao contrário da novela “Cabocla”.  
Mulheres: O remake de “Cabocla” foi um sucesso, reuniu um grande elenco e teve alto índice de audiência. E a sua personagem, a Tina, também foi muito bem recebida pelo público.
Maria Flor: “Cabocla” foi uma novela mágica, eu adorei. Foi maravilhoso participar daquela família, a Vera Holtz, o Sebastião Vasconcelos. Eu ficava olhando o Sebastião Vasconcelos e ficava maravilhada. Eu adorei fazer.  
Mulheres: Você já está escalada para algum novo trabalho? Você é contratada da Globo?
Maria Flor: Não, eu fiz por obra, ainda não tenho nada em vista.  
Mulheres: E projeto para o teatro? 
Maria Flor: Eu quero muito fazer teatro, mas quero fazer algo que seja realmente importante, que eu tenha algo a dizer. Estou estudando projetos.  
Mulheres: Você pretende privilegiar a carreira no cinema? Tem novos projetos? 
Maria Flor: O cinema é realmente algo muito especial. Na verdade, eu já estou em vários projetos. Eu estou no filme do Jorge Duran (Proibido Proibir), fiz uma participação no filme do Breno Silveira  sobre a história do Zezé di Camargo e Luciano (“Os Dois Filhos de Francisco”), e vou atuar também no novo trabalho do Paulo Caldas (“O Deserto Feliz”).  
Mulheres: Que maravilha, parece que o cinema, felizmente, realmente te pegou. A Guta Stresser, em entrevista ao Mulheres, falou sobre esse filme do Caldas.
Maria Flor: É, ela ainda não sabe se estará no filme por causa de “A Grande Família”.  
Mulheres: Tem alguma mulher do cinema brasileiro que você gostaria de homenagear aqui? 
Maria Flor: A Lúcia Murat, impossível não falar dela, pelos filmes, pela história de vida.
Mulheres: Alguma atriz?
Maria Flor: A Vera Holtz, com certeza. Maravilhosa.  
Mulheres: Muito obrigado pela entrevista. 
Maria Flor: Obrigada.  
Entrevista realizada em março de 2005.
            
            
            
            
            
          
            
            
             
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