Julia Katharine
Julia Katharine nasceu em 16 de junho de 1977, em São Paulo ( SP). Sua formação artística se deu a partir da cinefilia trabalhando em uma videolocadora. Estreou no cinema no longa Crime delicado (2006), dirigido por Beto Brant e protagonizado por Marco Ricca e Lilian Taublib. “Olha, o tamanho do cinema na minha vida eu diria que representa 99%, é muito grande, eu respiro cinema, eu gosto muito de cinema. Eu sempre tive esse sonho de trabalhar com cinema e isso só começou a acontecer na minha vida há pouco tempo, de 2015 para cá’.
Seu encontro com o cineasta e produtor Gustavo Vinagre, que conheceu no MIX Brasil, é que vai carimbar seu passaporte definitivamente para o cinema. Dirigida por ele, atua em vários curtas: Os cuidados que se tem com o cuidado que os outros devem ter consigo mesmos; Filme-Catástrofe; Medo do medo. “Ele era estagiário. A gente falava muito sobre cinema, os nossos assuntos eram sempre a respeito de cinema. Era muito bonito, assim, porque ele estava chegando em São Paulo, conhecia pouca coisa. (...) Ele é do Rio de Janeiro, mas morava em São José do Rio Preto, se não me engano. Foi muito bonito. Depois que a gente se reencontrou, ele me disse que tinha um filme para mim, que queria muito que eu fizesse”.
Foi Gustavo Vinagre que lhe deu a primeira protagonista também em um longa, Lembro mais dos corvos, lançado na Mostra Aurora da Mostra de Cinema de Tiradentes, que valeu à Julia Katharine o Prêmio Helena Ignez, de Destaque Feminino. A atriz atuou também no longa Desterro, de Maria Clara Escobar. Julia Katharine está preparando o curta Tea for two, que vai dirigir e protagonizar.
A atriz conversou com o Mulheres durante a 21ª Mostra de Cinema de Tiradentes e falou sobre sua trajetória, a paixão pelo cinema, o encontro com o cineasta, amigo e parceiro Gustavo Vinagre, os primeiros trabalhos, o desafio de protagonizar o longa Lembro mais dos corvos, de Gustavo Vinagre, e muito mais.
Mulheres do Cinema Brasileiro: Vamos começar com seus dados, cidade onde nasceu e data de nascimento completa, se possível.
Julia Katharine: Eu me chamo Julia Katharine, sou de São Paulo, tenho 40 anos. Eu nasci em 16 de junho de 1977.
MCB: Você está aqui na Mostra de Tiradentes e ontem, na apresentação do filme Lembro mais dos corvos, dirigido pelo Gustavo Vinagre e protagonizado por você, você falou dessa importância em estar aqui no Festival, em estar no palco anunciando esse filme. Eu queria saber, já de imediato, qual o tamanho do cinema na sua vida?
JK: Olha, o tamanho do cinema na minha vida eu diria que representa 99%, é muito grande, eu respiro cinema, eu gosto muito de cinema. Eu sempre tive esse sonho de trabalhar com cinema e isso só começou a acontecer na minha vida há pouco tempo, de 2015 para cá. Eu tinha tido uma experiência anterior em um filme do Beto Brant, Um Crime Delicado, de 2013. Foi uma experiência muito impactante, mas não ocorreu novamente. Tinha sido uma experiência única e depois, reencontrando o Gustavo (Vinagre), que foi uma pessoa com a qual eu tinha tido uma relação de amizade durante um certo período, depois que a gente se reencontrou, ele me convidou para começar a trabalhar com ele como atriz. A coisa foi acontecendo, um filme seguiu ao outro, e, quando eu vi, eu estava imersa já e muito feliz porque sempre foi meu sonho. Agora em março eu vou começar a filmar o meu filme, para o qual eu ganhei um edital.
MCB: Mas antes disso, mesmo antes desse encontro com o Gustavo e com o Beto Brant, você já tinha uma trajetória de cinéfila, não é?
JK: Sim, eu sempre fui muito cinéfila, desde muito nova. Ainda sou, gosto muito de assistir a filmes e o cinema sempre fez parte da minha vida, como uma parte de mim, sabe? Desde muito nova eu sou cinéfila, trabalhei em vídeolocadora. Eu acho que sempre busquei um caminho que me aproximasse do cinema.
MCB: Agora sim, vamos falar especificamente sobre os filmes. Como foi esse contato com o Beto Brant, que você falou ter sido a primeira experiência?
JK: Eu não me lembro exatamente, eu me lembro que uma amiga me indicou e a gente foi fazer uma figuração. Era uma cena no bar, e, na época, eu não usava o nome Julia porque eu trabalhava em uma casa noturna, eu usava um outro nome. Eu me lembro muito disso, que foi uma indicação de uma amiga. Nós íamos fazer uma figuração, só que, no processo, o Beto pediu para que a gente improvisasse, eu improvisei uma fala, e essa fala foi se tornando uma cena, e virou uma cena no filme.
MCB: Para você, que já tinha essa relação tão fundamental com o cinema, como foi estar ali no set? Você consegue se lembrar da sua impressão?
JK: Eu lembro que chorei muito, fiquei muito emocionada. Era uma equipe muito grande, eu estava vendo atores que eu admiro, na minha frente, pela primeira vez, isso nunca tinha acontecido antes. Depois eu fui acompanhar o filme, o filme teve exibição na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e eu assisti ao filme com muita gente, assim, com quem eu quero trabalhar um dia, pessoas que eu admiro no cinema. Então eu me lembro que, para mim, era como se eu estivesse em Hollywood, incrível assim. Foi uma noite tão intensa e tão maravilhosa, que ela foi meio que minha bússola. Eu quero que isso aconteça de novo, eu preciso buscar um meio de voltar a trabalhar com o cinema, pensei.
MCB: Entre O crime delicado até o cinema do Gustavo houve um hiato, não é? Vocês se conheceram no Mix Brasil?
JK: Sim.
MCB: Você estava trabalhando como secretária do evento, e ele?
JK: Ele era estagiário. A gente falava muito sobre cinema, os nossos assuntos eram sempre a respeito de cinema. Era muito bonito, assim, porque ele estava chegando em São Paulo, conhecia pouca coisa.
MCB: Ele é de onde?
JK: Ele é do Rio de Janeiro, mas morava em São José do Rio Preto, se não me engano. Foi muito bonito. Depois que a gente se reencontrou, ele me disse que tinha um filme para mim, que queria muito que eu fizesse.
MCB: Que era qual?
JK: Os cuidados que se tem com o cuidado que os outros devem ter consigo mesmos.
MCB: Você lembra de quando é?
JK: 2015. Eu super topei, fiquei muito feliz, e depois a gente fez o Filme-Catástrofe, fizemos uma sequência do Cuidados que ainda não foi exibida, que é o Medo do medo, e agora o longa Lembro mais os corvos.
MCB: O cinema tem um papel tão importante na sua vida que, inclusive, seu nome, como contou, é uma homenagem, não é?
JK: Sim, uma homenagem a Katharine Hepburn, que é minha atriz favorita de todos os tempos.
MCB: Essa questão da atriz então já era forte desde cedo?
JK: Desde cedo, desde criança. Tanto que eu me lembro muito de buscar cursos de teatro e tentar, sei lá, alguma coisa nesse sentido, mas financeiramente para mim era inviável. Hoje eu me sinto realizada, porque sempre diziam para mim que o fato de eu ser uma mulher transexual seria um impedimento para que eu realizasse o sonho de ser atriz, e não é. Eu quero que muitas mulheres trans e travestis tenham essa mesma ideia, sabe. Não sei se vou parecer pretenciosa, mas todo esse movimento de estar aqui em Tiradentes, de ir para os festivais, eu faço muito porque eu penso que eu possa ser uma referência para outras mulheres trans e travestis, sabe? E quando eu falo uma referência eu falo uma referência daquela mulher trans que saiu de uma situação de vulnerabilidade completa e de exclusão social e que agora está aqui trabalhando e feliz. Enfim, acho que é isso.
MCB: Você é uma atriz autodidata, não é isso? Você vai aprendendo fazendo. Esses curtas todos que você fez com o Gustavo foram um desafio muito grande para você?
JK: Foram, todos eles foram desafios. Agora eu fiz um longa em que faço uma personagem pequena, mas é a minha primeira personagem cis, Desterro, da Mara Clara Escobar. Para mim foi um desafio muito grande porque eu tinha que interpretar a mãe de uma criança de 11 anos. E contracenar com essa criança, um menino cis, hétero, eu pensei “Meu Deus, como vai ser? ”. Fui buscando referencias, me alimentando de coisas que eu tinha internamente, de memorias da minha mãe. Sempre há um desafio pelo fato de ser autodidata. Eu tive ajuda no Filme-Catástrofe, da Gilda Nomacce e da Majeca Angelucci, que são atrizes que trabalham comigo no filme e foram fadas madrinha no cinema, sabe? Porque eu nunca tinha tido contato com atrizes tão generosas, que tivessem espaço pra sentar comigo e dizer assim “Júlia, vamos conversar a respeito de personagem, de respiração, de atuação” Isso nunca tinha acontecido antes. Então eu devo muito a elas isso, essa coisa de atuar, de aprendizado, elas tiveram uma generosidade comigo assim absurda.
MCB: E agora no longa eu imagino que esse desafio tenha sido maior ainda, porque é só você em cena, e é sobre você. A gente não sabe, ali, o jogo da encenação, do real, do não real, mas é você inteira em cena. Como foi fazer esse filme, esse longa metragem?
JK: Então, foi tão difícil, porque eu tinha que me expor de uma maneira que eu nunca tinha me exposto antes. Praticamente todas as histórias são reais, mas eu tinha que interpretá-las para que não ficasse uma coisa pesada, triste, dura, sabe? E tem uma coisa assim que eu tenho lutado contra na minha vida, que é dar peso as coisas, eu gosto de leveza. Então por mais que seja um peso para mim, que seja uma dor muito intensa, quando eu falo sobre isso eu quero que seja com leveza, que tenha humor. Não diminuindo o problema, a dor, mas é porque eu gosto de leveza, eu gosto de ser uma presença leve nos ambientes e na vida. Então foi um exercício de atriz muito difícil, apesar de ser histórias minhas, eu conheço elas muito bem. Eu tinha que atuar, criar essa personagem leve, e aí foi uma coisa muito intensa.
MCB: Nos closes seus, principalmente no final, há uma melancolia ali, profunda, mas sutil. Acho lindo aquele final. Eu acompanho essa questão que envolve as trans, os travestis e os trans, e, para mim, há ali naquele close seu toda uma história de trajetória.
JK: Tem. É clichê falar isso, mas é verdade. A minha vida passou como um filme na minha mente e eu me lembrei de todas as situações. Eu pensei que aquilo não fosse ser possível e estava sendo, e isso me emocionou profundamente. Porque eu também lembro do quanto é difícil para a mulher trans, sabe? Para a mulher transexual, para a mulher travesti, para o homem trans, alcançar esses espaços. E apesar de estar rodeada de amigos, de pessoas que eu conhecia no set, eu senti uma solidão imensa. Eu não sei te explicar, mas foi um momento muito meu e o Gustavo captou de uma forma muito sensível. A Cris Lira teve uma sensibilidade muito grande de manter a câmera ali e acompanhando o meu momento sem que houvesse um corte abrupto.
MCB: O país está em um retrocesso desenfreado e eu vejo, principalmente, a causa negra, a causa feminista e a LGBT como grandes resistências a esse momento de encaretamento total. E dentro da sigla LGBT, o movimento trans, não à toa a gente teve um manifesto nacional agora realizado pela Renata Carvalho. Eu gostaria que você falasse sobre a importância que você vê nesse manifesto e nessa questão.
JK: Eu acho que o movimento de representatividade trans e a questão do transfake, que a Renata Carvalho Carvalho encabeça, muito importantes. Porque o que nós estamos reivindicando não é a exclusão de autores e atores nesse papel no cinema, teatro ou na TV, o que a gente reivindica é que nos coloquem como prioridades, sabe, como primeira opção para esses trabalhos. Porque é muito difícil para a gente achar trabalho, existem muitas peças, muitos roteiros de cinema, muitos programas de TV que se utilizam da figura trans, da mulher transexual, do homem transexual, mas não colocam pessoas transexuais para fazerem esses papeis. Eles dão sempre preferência para nomes mais famosos, nomes de pessoas cis. Com esse preconceito de que não somos capazes de sermos atrizes, de interpretarmos o que quer que seja. Então isso para mim, o movimento que a Renata começou, é muito importante, eu assino em baixo. Eu estou sempre em contato com ela, conversando sobre isso, pelo facebook, principalmente. Nesse momento de retrocesso, eu acho que a gente tem que marcar o nosso espaço, sabe, e não retroceder de forma alguma. Porque é só o começo, agora que nós estamos marcando corpo, que o assunto sobre a transexualidade começou a ter uma mínima atenção, então a gente tem que aproveitar essa mínima atenção para, enfim, naturalizar tudo em um processo de vida.
MCB: O Manifesto diz que as contribuições cis sobre esse universo são importantes, mas que, ainda assim, a visibilidade não os tiram da marginalidade.
JK: Exato.
MCB: O Manifesto reivindica representatividade e empregabilidade.
JK: Que é o mais importante, porque as pessoas se esquecem que a gente paga impostos, paga contas, nos alimentamos, temos que nos vestir.
MCB: E como artistas, precisam se expressar, não é?
JK: Exato. E como artistas a gente quer viver do nosso ofício, sabe, a gente quer estar trabalhando, fazendo do que a gente ama. É muito triste para mim imaginar a minha vida sem o cinema hoje.
MCB: É muito legal esse se novo trabalho com a Maria Clara Escobar, Desterro, diretora que fez um outro filme lindo, que é Os Dias com Ele. Você fez uma cis, não é isso?
JK: Sim. O set foi uma das experiências mais bonitas que eu já tive na vida Ela foi muito receptiva, toda a equipe, com muitos homens, e o Oto Junior, com quem eu trabalhei no filme foi muito bacana. Todo mundo foi muito legal e eu fiquei muito à vontade para ser aquela mulher cis. Ela ter acreditado em mim, “você pode fazer isso, você é capaz”, me lisonjeou muito, fiquei muito feliz.
MCB: Porque você é uma mulher.
JK: E ser vista com esse olhar por uma mulher é muito importante para mim.
MCB: Agora você diz que está produzindo o seu primeiro curta.
JK: Isso.
MCB: Você pode falar um pouquinho sobre ele.
JK: Eu ganhei um edital em São Paulo sobre diversidade. Eu vou começar a rodar agora em março, se chama Tea for two. É uma comédia romântica que fala sobre um homem hetero cis que se apaixona por uma mulher trans. Eu estou muito feliz com o roteiro, eu fiz o roteiro, vou atuar e dirigir. Vai ser uma experiência nova para mim porque acumular essas três funções é complicado para quem não fez uma faculdade de cinema, para quem não tem tanta experiência. Mas eu vou aprender fazendo e eu estou muito feliz, eu estou apostando que esse pode ser o primeiro de muitos outros que eu pretendo fazer. Todo mundo tem sido muito fofo comigo, as pessoas têm sido muito generosas, as pessoas do cinema, então, estão sempre me oferecendo ajuda, sabe, “Júlia se você precisar de um técnico de direção chama fulano, ele está de boa, se você precisar de uma fotógrafa eu tenho uma lista imensa”. e por aí. Eu vou manter minha parceria com a Cris Lira, que tem sido uma parceria muito bonita. Tem também um documentário que eu estou produzindo e vou dirigir, que se chama O Importante é que as Mulheres Sobrevivam, que é sobre mulheres trans e mulheres cis. A gente fala sobre como a arte, sobre como o cinema, tetro, o ofício de ser atriz nos salvou em algum momento de nossas vidas. Provavelmente, eu e o Gustavo, no segundo semestre, iremos começar outro filme. Então as coisas estão fluindo, como eu disse no debate, eu quero que essas coisas não aconteçam só comigo, mas com outras mulheres trans e travestis, eu quero que seja um movimento crescente para que a gente possa ter nosso espaço no mundo.
MCB: Agora. para encerrar, as duas únicas perguntas fixas do site. Qual o último filme brasileiro a que você assistiu?
JK: Como nossos pais, da Laís Bodanzky.
MCB: Qual a mulher do cinema brasileiro, de qualquer época e de qualquer área, que você deixa registrada na sua entrevista como uma homenagem?
JK: Eu tenho duas, pode falar?
MCB: Sim.
JK: Ana Carolina e Helena Ignez.
MCB: e por que?
JK: Helena porque eu acho ela uma atriz incrível e uma diretora fantástica também. E a Ana Carolina porque os filmes dela me pegam de uma maneira muito intensa. Eu me lembro que quando tinha 12 anos de idade eu vi Mar de rosas, e eu pensava “Eu quero um dia trabalhar com a Ana Carolina”. Porque eu acho os filmes dela muito feministas e femininas, não sei te explicar, mas são filmes que sempre me comovem e falam muito comigo. Sonho de valsa, Mar de rosas, Das tripas coração são três filmes que, quando eu vi, eu fiquei extremamente comovida e acho a forma como ela dirige muito incrível.
Entrevista realizada durante a 21a Mostra de Cinema de Tiradentes, em janeiro de 2018.
Julia Katharine nasceu em 16 de junho de 1977, em São Paulo ( SP). Sua formação artística se deu a partir da cinefilia trabalhando em uma videolocadora. Estreou no cinema no longa Crime delicado (2006), dirigido por Beto Brant e protagonizado por Marco Ricca e Lilian Taublib. “Olha, o tamanho do cinema na minha vida eu diria que representa 99%, é muito grande, eu respiro cinema, eu gosto muito de cinema. Eu sempre tive esse sonho de trabalhar com cinema e isso só começou a acontecer na minha vida há pouco tempo, de 2015 para cá’.
Seu encontro com o cineasta e produtor Gustavo Vinagre, que conheceu no MIX Brasil, é que vai carimbar seu passaporte definitivamente para o cinema. Dirigida por ele, atua em vários curtas: Os cuidados que se tem com o cuidado que os outros devem ter consigo mesmos; Filme-Catástrofe; Medo do medo. “Ele era estagiário. A gente falava muito sobre cinema, os nossos assuntos eram sempre a respeito de cinema. Era muito bonito, assim, porque ele estava chegando em São Paulo, conhecia pouca coisa. (...) Ele é do Rio de Janeiro, mas morava em São José do Rio Preto, se não me engano. Foi muito bonito. Depois que a gente se reencontrou, ele me disse que tinha um filme para mim, que queria muito que eu fizesse”.
Foi Gustavo Vinagre que lhe deu a primeira protagonista também em um longa, Lembro mais dos corvos, lançado na Mostra Aurora da Mostra de Cinema de Tiradentes, que valeu à Julia Katharine o Prêmio Helena Ignez, de Destaque Feminino. A atriz atuou também no longa Desterro, de Maria Clara Escobar. Julia Katharine está preparando o curta Tea for two, que vai dirigir e protagonizar.
A atriz conversou com o Mulheres durante a 21ª Mostra de Cinema de Tiradentes e falou sobre sua trajetória, a paixão pelo cinema, o encontro com o cineasta, amigo e parceiro Gustavo Vinagre, os primeiros trabalhos, o desafio de protagonizar o longa Lembro mais dos corvos, de Gustavo Vinagre, e muito mais.
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