Dirigido por Cristiane Oliveira, A primeira morte de Joana é todo centrado em personagens femininos, são as mulheres, de diferentes gerações, que nos conduzem para essa transversal do tempo, sendo a adolescente Joana o ponto central.
Joana vive em uma casa e em uma geografia povoada por mulheres: a mãe, a avó, a amiga, e a tia-avó que acaba de falecer. E é essa primeira morte em sua vida, de uma pessoa tão próxima, mas, ao mesmo tempo, tão distante em seus segredos, que vai permear e impregnar seu momento de passagem. A tia-avó de Joana morreu solteira e, segundo relatos familiares e da cidade, sem nunca ter namorado ninguém. Esse fato vai reverberar forte na menina, que obcecada por desvendar os segredos de uma vida tão cheia de lacunas da tia, terá que se a ver consigo mesma.
Retraída e oprimida pela mãe, Joana vai encontrar na amiga transgressora, tão jovem quanto ela aos 13 anos, a possibilidade de desvendar seus mistérios de Clarice. Seu desejo, seus medos, sua curiosidade, seus conflitos, suas descobertas, seus labirintos, e seu despertar para a vida.
A primeira morte de Joana conta com uma interpretação e uma química adolescente ótima entre as atrizes Letícia Kacperski (Joana) e Carolina (Isabela Bressane). Suas falas e, sobretudo, seus silêncios e olhares radiografam perspectivas da adolescência e do tornar-se mulher em misto de dor, espanto e doçura.