Ano 20

Regina Braga

*28 de novembro de 1946 - *Belo Horizonte - MG

Cena de Paula, a história de uma subversiva, 1980, Francisco Ramalho Jr
Cena de Paula, a história de uma subversiva, 1980, Francisco Ramalho Jr
Regina Braga estreou no cinema em Paula, a história de uma subversiva.

Regina Braga nasceu em Belo Horizonte, mas aos cinco anos a família muda-se para Presidente Prudente, interior de São Paulo. Desde pequena se interessa pelo universo artístico, gosta de ler, recitar, estudar piano no Conservatório e atuar no teatrinho da escola e da igreja. Em 1964 vai para São Paulo, cidade onde começa de fato a carreira artística. Com formação em artes cênicas na EAD – Escola de Arte Dramática, atua durante o curso em espetáculos como Somos todos um jardim de infância, de Domingos de Oliveira. Atua também em Escola de mulheres, em 1967, com o qual excursiona. Nessa época, ainda sem concluir o curso, conhece o diretor Celso Nunes, vai com ele para a Europa e fica três anos estudando teatro. Na volta ao Brasil, estreia profissionalmente com o espetáculo A cantora careca, dirigida por Antonio Abujamra, e casa-se com Celso Nunes. Jamais deixa a carreira nos palcos e atua em peças memoráveis como Equus (1975), dirigido por Celso Nunes, Chiquinha Gonzaga, ô abre alas (1983), dirigida por Osmar Rodrigues Cruz, Uma relação tão delicada (1989), dirigida por William Pereira, Cenas de um casamento (1996), dirigida por Vivien Buckup, e Um porto para Elizabeth Bishop (2001), dirigido por José Possi Neto. A estreia na televisão se dá na Tupi, na década de 1970, atuando na novela A gordinha (1970), de Sérgio Jockyman, e em teleteatros e séries na TV Cultura. Seus melhores momentos na telinha são em Meu pé de laranja lima (1980), de Ivani Ribeiro, na Bandeirantes, e em Por amor (1996), de Manoel Carlos, na Globo. 

Estreia no cinema em Paula, a história de uma subversiva (1980), de Francisco Ramalho Jr. Regina Braga tem papel importante no longa, e compõe otimamente sua personagem. Na trama ela é Bia, esposa do protagonista Marco Antônio, um arquiteto que havia sido cassado pela ditadura quando era professor e se envolveu com uma jovem líder estudantil. Anos depois, já anistiado, novos fatos o fazem relembrar o passado.  Depois desse filme, Regina Braga passa anos afastada do cinema, até que retorna no curta Flora (1996), de Marcel Cordeiro, em que vive a protagonista, uma mulher que espera o retorno do marido, sumido há anos, e se envolve em seu delírio com um jovem que chega à cidade, interpretado por Selton Mello. Por seu trabalho ela recebeu o prêmio de Melhor Atriz no Festival Rio Cine, em 1996.


Filmografia

Paula, a história de uma subversiva, 1980, Francisco Ramalho Jr.
Flora, 1996, curta, Marcel Cordeiro

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Sala 
 Isabel Ribeiro
Presença luminosa nas telas, brilhou no cinema, teatro e televisão.