Ano 20

Marta Anderson

*20 de maio de 1945 - Vila Velha - ES

Cena de O rei do baralho, 1973, Julio Bressane
Cena de O rei do baralho, 1973, Julio Bressane
A estonteante Marta Anderson é uma das grandes musas do cinema nacional da década de 1970. Com uma filmografia que vai até a metade dos anos 80, sua carreira abriga filmes de cineastas fundamentais como Julio Bressane, Osvaldo Oliveira e Carlos Reichenbach.

Depois de ser eleita Miss Espírito Santo, Marta Anderson ganha projeção e torna-se uma das vedetes de Carlos Machado. Estreia no cinema e na televisão na década de 70, sendo Como ganhar na loteria sem perder a esportiva, de J. B. Tanko, em 1971, seu primeiro filme. A atriz desenvolve uma carreira extensa nas telas, e em seu segundo filme é dirigida por um dos cineastas mais provocativos do cinema brasileiro, Julio Bressane, em O rei do baralho. As pornochanchadas da década de 70 - dramas e comédias eróticas - encontraram em Marta Anderson um tipo ideal, e foi dirigida por nomes do gênero como Carlo Mossy, Roberto Machado e Levy Salgado. Porém, identifica-la apenas com esse gênero não dá conta da abrangência de seu significado. Na época, marcava presença também na TV em novelas de Dias Gomes, Mário Prata e Bráulio Pedroso - O bem amado, O espigão, Sem lenço e sem documento e O pulo do gato.

Em 1978, Júlio Bressane escala novamente Marta Anderson para sua galeria e ela participa de mais um filme cult do diretor, O gigante da américa. Carlos Reichenbach, que desenvolveu um olhar transformador partindo de dentro da Boca do Lixo, a convida para um de seus melhores filmes, O império do desejo, em 1978. A atriz se afasta das telas no final da década de 80, passa por problemas de saúde, mas deixa seu nome gravado no cinema brasileiro.


Filmografia

Como ganhar na loteria sem perder na esportiva, 1971, J. B. Tanko
O rei do baralho, 1973, Júlio Bressane
O padre que queria pecar, 1975, Lenine Ottoni
As mulheres que dão certo, episódio Crime e castigo, 1976, Lenine Ottoni
As desquitadas em lua-de-mel, episódio Opus número2, 1976, Victor di Mello
As loucuras de um sedutor, 1976, Alcino Diniz
Dona flor e seus dois maridos, 1976, Bruno Barreto
Sabendo usar não vai faltar, 1976, Sidnei Paiva Lopes, Francisco Ramalho Jr., Adriano Stuart
Massagistas profissionais, 1976, Carlo Mossy
Deu a louca nas mulheres, 1977, Roberto Machado
O garanhão no lago das virgens, 1977, Marcos Lyra
A mulata que queria pecar, 1977, Victor di Mello
O gigante da américa, 1980, Júlio Bressane
O preço do prazer, 1979, Levy Salgado
Prova de fogo, 1980, Marco Altberg
O torturador, 1980, Antonio Calmon
A prisão, 1981, Osvaldo de Oliveira
O império do desejo, 1981, Carlos Reichenbach
Mulher de programa, 1981, Luís de Miranda Corrêa
Amenic - entre o discurso e a prática, 1984, Fernando Silva
Perdidos no vale dos dinossauros, 1986, Michele Massimo Tarantini 

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Sala 
 Isabel Ribeiro
Presença luminosa nas telas, brilhou no cinema, teatro e televisão.