Ano 20

Claudette Joubert

*11 de novembro de 1951 - Florinea - PR

Cena de A filha do padre, 1975, Tony Vieira
Cena de A filha do padre, 1975, Tony Vieira
Durante sua trajetória, o Cinema Nacional sempre foi, e é, marcado por ciclos e movimentos: Ciclo Cataguases, Cinédia, Chanchada, Vera Cruz, Cinema Novo, Cinema Marginal, Pornochanchada, Cinema Paulista, Cinema da Retomada, entre outros. Correndo por fora, alguns cineastas construíram carreiras independentes, e que vão de um extremo ao outro, como o cinema existencialista de Walter Hugo Khouri; o cinema caipira de Mazzaropi; o terror de José Mojica Marins; os policiais e westerns de Tony Vieira; o cinema pancadaria de Affonso Brazza. E desses dois últimos, a bela Claudette Joubert foi musa absoluta.

Claudette Joubert trocou o Paraná por São Paulo, e nos anos 1970 inicia carreira como modelo. Estreia no cinema pelas mãos de Fauzi Mansur, um dos mestres do cinema popular e das pornochanchadas – as comédias eróticas de estrondoso sucesso nos anos 70 – em Sinal vermelho – as fêmeas, ao lado de Vera Fischer. Nessa época, a atriz conhece o ator Tony Vieira, com quem se casa e torna-se musa exclusiva de vários de seus filmes como diretor e produtor. Participa desde o primeiro, Gringo, o último matador, marcando presença nas fitas policiais e nos westerns de baixo orçamento dirigidos pelo marido. A Enciclopédia do Cinema Brasileiro tem uma definição deliciosa para Claudette Joubert nos filmes de Tony Vieira: "nesse período forja sua imagem de ninfeta ingênua e decidida, espécie de Eliana erótica".

Com a separação de Tony Vieira no final dos anos 70, Claudette Joubert se destaca em outras produções da Boca do Lixo dirigida por outros cineastas, tornando-se uma das musas do gênero e garantia de bilheteria em filmes como Sob o domínio do sexo, ou em um clássico do filão O inseto do amor, também de Fauzi Mansur. Depois de anos afastada do cinema, após participar do impactante As belas da billings, fazendo dobradinha inesquecível com Silvai Gless e dirigida por outro autor do cinema brasileiro, Ozualdo Candeias, Claudette Joubert volta às telas pelas mãos do bombeiro e cineasta Affonso Brazza – falecido em 2003, foi antigo colaborador de Vieira, desde sempre apaixonado pela atriz e diretor de filmes de baixa produção em Brasília, onde era conhecido como "Rambo do Cerrado". A atriz foi casada com Brazza e estrela de seus filmes, dando continuidade a sua trajetória de musa.


Filmografia

Sinal vermelho – as fêmeas, 1972, Fauzi Mansur
Gringo, o último matador, 1973, Tony Vieira
Obsessão maldita, 1973, Flávio Ribeiro Nogueira
O exorcista de mulheres, 1974, Tony Vieira
Os pilantras da noite, 1975, Tony Vieira
A filha do padre, 1975, Tony Vieira
Torturadas pelo sexo, 1976, Tony Vieira
As amantes de um canalha, 1977, Tony Viera
Os violentadores, 1978, Tony Vieira
Os depravador, 1978, Mauri de Oliveira Queiróz (Tony Vieira)
A herança dos devassos, 1979, Alfredo Sternhein e César Cabral
Essas deliciosas mulheres, 1979, Ary Fernandes
O inseto do amor, 1980, Fauzi Mansur
Os indecentes, 1980, Antonio Meliande
O cangaceiro do diabo, 1980, Tião Valadares
Meu primeiro amante, 1980, Wilson Rodrigues
A pistola que elas gostam, Rubens Prado
O fotógrafo, 1981, Jean Garrett
O rei da boca, 1982, Clery Cunha
O início do sexo, 1983, Walter Wanny
Sexo erótico na ilha do gavião, 1986, Rubens da Silva Prado
As belas da billings, 1987, Ozualdo Candeias
Gemidos e sussurros, episódio Gemidos e sussurros, 1987, Raffaele Rossi
Inferno no gama, 1993, Affonso Brazza
Gringo não perdoa, mata, 1995, Affonso Brazza
No eixo da morte, 1997, Affonso Brazza
Tortura selvagem – a grade, 2001, Affonso Brazza
Fuga sem destino, 2003, Affonso Brazza

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Sala 
 Isabel Ribeiro
Presença luminosa nas telas, brilhou no cinema, teatro e televisão.